Acho engraçado como meus pais, tios e principalmente avós ficam surpresos com a forma que a juventude tenta lidar com as coisas. Meu avô sempre foi o tipo de cara que esconde o dinheiro no colchão; meu pai, no banco. Eu? Na carteira.
Enquanto os mais velhos agem com precaução e trabalham muito para obterem uma aposentadoria decente, vejo uma porção de amigos em viagens, mochilões, morando sozinhos, conhecendo lugares bacanérrimos - ainda que a grande maioria passe longe de ser rico. Qual a lógica?
Geralmente de mente mais aberta, os jovens de hoje se preocupam mais em viver o dia de hoje do que esperar o amanhã para que algo possa acontecer. Ao invés de aguardar anos com um bom montante no banco e não aproveitá-lo, esperam pela próxima oportunidade e caem de cabeça.
A ideia não é ignorar o futuro ou não economizar nada, e sim ir aproveitando a jornada antes de ficar "velho demais" para aproveitar qualquer coisa. E, com velho demais, quero dizer: esperar que quem sabe amanhã eu terei a oportunidade, ao invés de fazê-la acontecer agora.
Cautela é ótimo - mas só quando temos em mente que nada é escrito num muro de pedra como se uma ação de hoje ditasse seu futuro com toda a certeza. Ou você acha mesmo que os endinheirados de 1992 no Brasil achavam que sumiria todo o dinheiro de suas poupanças? Sem mencionar casos mais recentes como a crise de 2008. Ou mais profundos, como a quebra em 1929. Nada é certo nesse mundo, e é por isso que seu futuro deve ser construído como consequência do seu presente, e não o seu presente como consequência do seu futuro.
Se inspire mais, ame mais, e pense mais no que pode deixar o seu agora feliz.
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